Leucemia e seu tratamento a partir do transplante de medula óssea

A leucemia é um tipo de câncer que ocorre no sangue, a partir da produção desordenada dos glóbulos brancos.

Dependendo do tipo de célula produzida de forma patológica, teremos tipos diferentes de leucemia, sendo as mais comuns a leucemia linfóide e a leucemia mieloide. Estima-se cerca de 10.000 novos casos por ano no Brasil. Infelizmente não há um modo de prevenção à essa doença.

As células sanguíneas são produzidas pela medula óssea, um tecido encontrado no interior dos ossos. Uma medula óssea saudável produz hemácias/glóbulos vermelhos (que transportam oxigênio para o restante do corpo), leucócitos/glóbulos brancos (responsáveis pelo combate a infecções) e plaquetas (destinadas à coagulação sanguínea) em quantidades equilibradas. A leucemia surgirá a partir da produção descontrolada de glóbulos brancos, células que não mais desempenharão o papel de combater infecções, mas irão interferir de modo negativo na imunidade do indivíduo, e também acabarão por impedir a formação de outras células do sangue, podendo levar à anemias severas, distúrbios coagulatórios e até ao óbito.

Um dos principais tratamentos para a leucemia é o transplante de medula óssea, o qual pode ser autogênico (obtendo uma medula óssea funcional do próprio indivíduo doente) ou alogênico (proveniente de um doador compatível). O transplante de medula óssea tem como objetivo substituir o tecido doente por um sadio, capaz de produzir de forma correta as células do sangue. 

Apesar desse tratamento ser eficaz para número considerável de indivíduos acometidos por leucemia, ele apresenta uma dificultador importante: a compatibilidade entre quem doa e quem recebe. Por isso é fundamental que o número de indivíduos cadastrados como voluntários para doação da medula óssea seja cada vez maior, pois quanto mais expressivo esse número, maiores são as chances de se encontrar um doador compatível para um doente.